POLÍCIA CIVIL TRAVA AMPLA LUTA PARA COIBIR A INCIDÊNCIA DE FURTOS DE CABOS DE COBRE:
USUÁRIOS DE DROGAS SÃO OS QUE MAIS FURTAM ESSE MATERIAL PARA REVENDER EM SUCATAS
TANTO O FURTO, QUANTO A COMPRA DO MATERIAL FURTADO SÃO CRIMES
A Polícia Civil, através da SEIC / Superintendência Estadual de Investigação Criminal, sob a ação da DDSD – Departamento de Defesa de Serviços Delegados, realizou uma batida em São Luís no bairro da Ilhinha, na parte conhecida como Cracolândia; em mais uma ação visando coibir a prática do furto de cabos de cobre, conhecidos como cabos “Bola” (desencapados), usados na telefonia, e que são furtados e revendidos de forma ilegal e criminosa em sucatas e recicladoras da cidade.
Como resultado da operação comandada pelo Delegado Paulo Roberto Carvalho (DDSD) foram realizadas três prisões em flagrante de pessoas com posse de cabos furtados; e mais 11 pessoas suspeitas foram conduzidas para investigação. A polícia conseguiu recuperar só nessa ação, cerca de 800 metros de cabos furtados.
“Os cabos mais visados e furtados são os cabos de cobre, voltados para telecom. Temos acompanhado uma alta nos casos de furtos desse material; na sua grande maioria, feito por usuários de drogas que sobem nos postes até mesmo arriscando a vida para cortar os cabos e furtar esse material; para então revender em sucatas e assim conseguir dinheiro para alimentar seu vício com a compra de crack. Estamos fazendo amplo um trabalho de conscientização nessas sucatas, para que não comprem produto ilegal, estimulando essa prática criminosa. E também realizamos diversas operações de busca em sucatas e recicladoras, com êxito na identificação desses materiais – cabos sem a devida procedência – e autuando em flagrante esses receptadores de cabos furtados” explicou o Delegado.
Esse problema tem acontecido nas principais cidades e capitais do país, e não é um problema exclusivo de São Luís. E segundo o Delegado Paulo, a Polícia Civil está cada vez mais rigorosa nessas operações de busca, e atuando também em parceria com a Polícia Militar. O policial lembra que quem compra material furtado é quem mais estimula o crime:
“Se não há quem compre, diminiu o interesse pelo furto. Mas estamos em alerta para coibir essas práticas que tanto prejudicam a população, em especial os usuários de serviços como TV a cabo, internet e telefonia, que são altamente prejudicados com esses furtos” disse ele.
Vale lembrar que, tanto o furto quanto a compra desses cabos, são crimes passíveis de detenção prisional. O crime de furto qualificado prevê uma pena de reclusão de 2 a 8 anos; e o de receptação (compra de material furtado) é mais severo, indo de 3 a 8 anos de prisão.
Uma das empresas vítimas dessas furtos é a operadora de telecom Maxx, que mesmo usando fibra óptica e não cobre na rede, acaba tendo como principal prejuízo não o furto em si, mas a tentativa do mesmo, que causa igual prejuízo, pois os cabos ficam lado a lado nos postes. E na tentativa de desencapar os mesmos para chegar à parte de cobre, nenhum material é poupado.
Além do prejuízo financeiro acumulado ao longo dos anos e que chega a milhares de reais na manutenção da rede, e que se multiplicam semanalmente; ainda existe também o prejuízo imensurável à reputação da empresa, pois esses furtos geram indisponiblidade de sinal dos serviços ofertados de telecom e internet. E esses problemas recorrentes levam à grande insatisfação dos clientes, e consequentemente, ao cancelamento de diversos contratos.
Para o Presidente da Maxx Augusto Diniz “os prejuízos intangíveis, causados pela indisponibilidade dos serviços que são essenciais como o de internet são ainda piores, pois são diversos e diferentes os tipos de transtornos passados pelos clientes que têm seu sinal interrompido por conta desses furtos. A Polícia tem feito um grande esforço e a soiciedade em geral deve ajudar denunciando quando olhar alguma suspeita mexendo nos postes”, disse ele.
FOTOS – DIVULGAÇÃO:
F1 – cabos) Operação da Políciia Civil na Ilhinha para coibir a prática de furtos de cabos de cobre dos postes.
F2 – cabos 2) Os cabos do tipo Bola (de cobre desencapados) são revendidos para sucatas e recicladoras da cidade, que também estão infringindo a lei com a prática de receptação.