Setor produtivo mantém otimismo e projeta crescimento nos próximos meses
SÃO LUÍS – O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do Maranhão, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), aponta que o otimismo do setor produtivo maranhense segue firme. Em março de 2025, o indicador alcançou 58,5 pontos, registrando um crescimento de 0,9 ponto em relação a fevereiro. Com esse resultado, o empresariado maranhense mantém um nível de confiança superior ao registrado no Nordeste, que ficou em 52,9 pontos, e no Brasil, onde o índice chegou a 49,2 pontos. O desempenho reforça a percepção de um ambiente econômico mais dinâmico e favorável ao crescimento no estado, impulsionado pelo setor industrial e pela disposição para investimentos.
A confiança do empresário industrial é um fator determinante para o comportamento da economia, e influencia diretamente decisões estratégicas, como ampliação de operações, contratação de mão de obra e modernização da estrutura industrial. No Maranhão, os dados mostram que o conjunto da Indústria Extrativa e de Transformação apresentou um crescimento significativo no índice de confiança, enquanto a Construção manteve-se estável, o que demonstra um cenário de crescimento e planejamento estratégico de longo prazo.
A Indústria Extrativa e de Transformação registrou 59,6 pontos em março, com um avanço de 1,2 ponto em relação ao mês anterior. O crescimento reflete a maior propensão das empresas do setor a investir na modernização dos processos produtivos, ampliar a capacidade instalada e contratar novos trabalhadores, o que fortalece a economia local e gera novas oportunidades de negócios. O setor da Construção, por sua vez, manteve-se em um patamar estável, com 54,0 pontos, o que indica uma continuidade nas operações e projetos em andamento, garantindo solidez ao segmento mesmo sem apresentar um crescimento expressivo no índice de confiança.
Drilling hole in the metal with giant drill at steel factory by worker male.
CENÁRIO NACIONAL – Apesar do otimismo local, a confiança dos empresários na economia brasileira registrou uma queda. O indicador recuou 6,2 pontos, atingindo 41,3 pontos, o que demonstra um cenário de maior cautela diante de fatores macroeconômicos, como inflação, taxa de juros e políticas governamentais. A percepção sobre a economia estadual também apresentou queda, com o ICEI desse componente diminuindo 4,1 pontos, chegando a 43,4 pontos. Os números indicam que, embora a economia local esteja aquecida, os empresários enxergam desafios no cenário econômico mais amplo, o que pode impactar futuras decisões de investimento e expansão.
Por outro lado, a confiança nas próprias empresas manteve-se relativamente estável, oscilando levemente para baixo em 0,2 ponto e fechando março com 53,8 pontos. O dado sugere que, apesar das incertezas externas, os empresários seguem acreditando na capacidade de suas empresas de manter a competitividade e superar os desafios conjunturais, o que é um fator essencial para a continuidade do crescimento industrial no estado.
As expectativas para os próximos seis meses permanecem otimistas, com a confiança nas empresas atingindo 66,6 pontos, um crescimento de 2,9 pontos em relação a fevereiro. O otimismo também se reflete na confiança na economia estadual, que subiu 3,0 pontos e chegou a 55,9 pontos, e na economia brasileira, que registrou um aumento de 1,2 ponto, totalizando 55,2 pontos. O crescimento nas projeções reforça um momento propício para novos investimentos e expansão dos negócios.
O ICEI é um indicador fundamental para medir o grau de confiança do empresariado industrial e antecipar tendências econômicas. Quando o índice está acima de 50 pontos, significa que os empresários estão confiantes; abaixo desse nível, indica pessimismo. O resultado de março de 2025 confirma que a confiança do empresário maranhense segue em um patamar positivo, contrastando com a média nacional, que ainda se mantém abaixo dos 50 pontos.
“Com a manutenção desse otimismo e um ambiente econômico favorável, o setor industrial maranhense tem a oportunidade de se consolidar ainda mais, gerando empregos, ampliando investimentos e impulsionando o crescimento do estado”, afirma o economista José Henrique Braga Polary, coordenador de Ações Estratégicas da FIEMA, responsável pela elaboração da pesquisa no Maranhão.
Para mais informações e acesso ao relatório completo, acesse o site oficial da FIEMA.