SÃO LUÍS – A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) participou ativamente do fórum da Petrobras sobre transição energética e Margem Equatorial, realizado nesta sexta-feira, 15, em São Luís. Representando o setor industrial e o presidente da FIEMA, Edilson Baldez, o vice-presidente executivo da FIEMA, Luiz Fernando Renner, acompanhou as discussões e palestras técnicas, que reuniram, na capital maranhense, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates; os governadores do Consórcio Amazônia Legal, entre eles, o governador do Maranhão, Carlos Brandão; o governador do Pará, Hélder Barbalho, que preside o consórcio; e o governador do Amapá, Clécio Luís. O evento, promovido pelo consórcio e Governo do Estado do Maranhão, focou em debater a transição energética responsável, assim como a garantia do fornecimento energético, autossuficiência na produção de petróleo e gás no país e perspectiva de atuação na Margem Equatorial brasileira.
A exploração da Margem Equatorial é tema prioritário na FIEMA e vem sendo colocado em debate pela entidade empresarial desde 2020, com o apoio à elaboração da nota técnica que destacava a presença de petróleo na região da Bacia Pará – Maranhão, com a possibilidade de existência de cerca de 20 a 30 bilhões de barris de petróleo, o que seria um novo pré-sal.
O vice-presidente executivo da FIEMA, Luiz Fernando Renner, enfatizou a importância da presença do presidente da Petrobras ao Maranhão. “É um divisor de águas entre uma expectativa que nós tínhamos e uma possibilidade mais concreta que passa a existir a partir de agora. A exploração dos poços nas bacias que estão localizadas no Maranhão, em Barreirinhas e na bacia Pará-Maranhão, são essenciais para o desenvolvimento do nosso Estado e para a população, que tanto precisa dos benefícios desses investimentos”, frisou.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Alex Carvalho, também participou do encontro e, junto com o vice-presidente da FIEMA, Fernando Renner, defendem a exploração da Bacia PA-MA, considerada o “novo Pré-Sal do Brasil”.
“Eventos como este aqui, assim como os que temos realizado no Pará, são fundamentais porque abrem espaço para que os estados da Amazônia, que estão na área de abrangência do projeto, tenham condições de contribuir e enriquecer ainda mais as discussões sobre um tema tão relevante para o futuro da nossa região. A FIEPA se coloca inteiramente à disposição para apoiar e contribuir com o debate equilibrado, a partir dos nossos conhecimentos e experiências, para garantir que a Amazônia seja beneficiada pelas oportunidades que se apresentam e consiga mais recursos e avanços”, destacou Alex Carvalho.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA – O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reforçou a necessidade de conhecimento técnico para uma transição energética de forma gradual. “Semana que vem chega aqui ao Maranhão a equipe do Instituto SENAI de Inovação que está instalando as medições offshore em parceria com a Petrobras. São nove pontos de medição ao longo da Margem Equatorial. É a primeira vez que se está medindo o potencial eólico de fato no mar. Isso vai permitir que os empreendedores conheçam o potencial e provem isso nos leilões federais, porque isso é necessário para demonstrar a regularidade, sazonalidade e outras características dos ventos locais”, anunciou Prates.
O governador do Maranhão, Carlos Brandão, destacou a importância da exploração da bacia para geração de renda para a população. “Esse é um debate muito delicado no qual todos os governadores têm a convicção que precisamos ter respeito ao meio ambiente, que tem que ter sustentabilidade, mas que também é necessário que o projeto avance. Temos que nos preparar para a transição energética e para esse novo momento do ‘pré-sal’ da Margem Equatorial”, afirmou Brandão.
O governador do Pará, Helder Barbalho, falou sobre a necessidade de diálogo para que se tenha segurança energética com equilíbrio entre as questões sociais, ambientais e econômicas. Ele preside o Consórcio Amazônia Legal, formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.