Com estréia prevista para Setembro, a peça teatral A Fábrica de Sonhos já está dando o que falar, meses antes de sua estréia. O texto de Lilian Alencar é provocativo, polêmico, e toca na ferida da sociedade, falando de tabus, preconceito, diversidade e da indústria do entretenimento para maiores de 18 anos, o chamado entretenimento adulto.
O argumento do texto surge à partir do depoimento do personagem Tuca (George Sand) ex-empresário e dono da Fábrica dos Sonhos, um Cabaret de estripes, revela-se o sucesso e o fracasso do seu negócio. Através do seu depoimento surgem sete imagens de mulheres: Cléo (Lilian Alencar) Cris (Naty Bittencourt), Gabi (Poliana Dandara), Penélope (Dani Farias), Joice (Gleyce Lima), Marlin, e Rose. A primeira delas, no decorrer da trama é dispensada por ele, seu ex. chefe e amante por está velha para o trabalho. As amigas de trabalho então resolvem fazer greve.
O texto, construído sem um personagem principal, alterna-se entre monólogo e diálogo e traz em enfoque as estórias dessas mulheres, como ponto de partida para falar sobre tabus e preconceito: “Todas são dançarinas de um cabaré e tem uma realidade diferente da outra. A minha personagem está lá para conseguir sustentar o segundo filho, pois o primeiro filho foi dado para adoção. Acho muito importante termos oportunidade de dialogar sobre essas mulheres na vida real, e a arte usa o artificio do teatro para conseguir por sobre a mesa esse tema, essas realidades representadas pelas nossas personagens”. Comenta Naty Bittencourt, que além de interpretar, também atua como produtora da peça.
Inovadora, provocativa e perspicaz, a peça promete sacudir o cenário cultural da nossa capital, Brasília, e é uma excelente narrativa de tolerância e empatia, em tempos tão difíceis de radicalismo, extremismo político e social: “a estreia está prevista para Setembro, e nós iremos apresentar em várias regiões do DF, para termos uma peça mais inclusiva, que abarque todo o público.” revela a produção do espetáculo.